Compositor: Não Disponível
O abismo das águas
Veio
Colocando sua escuridão
Em minha alma
O peso da angústia
Está sobre mim
Sinto como meus sonhos
Se afundam no céu profundo
Responde-me, não me deixes
Que estou morrendo
Meus olhos desfalecem, te esperando
Minha garganta fica rouca por te chamar
Responda-me, não me deixes
Que estou morrendo
Às vezes, meus olhos se escurecem
Às vezes simplesmente
Não querem ver mais além
Da luz do céu
Às vezes meus olhos se turvam
E sentem falta dos olhares
De outros olhos
Às vezes minha boca cala tantas vogais, tantos te amo
E se enche de tantas mentiras
De tantos amargas críticas
Dos quais minha alma se arrepende
Às vezes minha alma arrependida descansa no mar de sangue mais divino
E se enche da brancura das nuvens e do odor das flores
Que em tardes vazias e cinzas me lembraram o amor maior
O amor daquele que cavalga em leões alados
Deus meu, Deus
Por que me desamparaste
Meus ossos
Pelo frio da tua ausência
Responda-me! Não me deixe!
Que estou morrendo
Rápido, ajuda-me!
Não se detenha
Não me retire seu olhar
Não permita que o abismo
Feche sua boca
Sobre mim